Já não me chamas, só quando fazes questão de decorar os lençóis embrulhados do meu colchão para reacender uma chama que há muito que não arde.
Perdeste o velho hábito de me tocar às cinco da manhã e já nem em sonhos me abordas. Pelo menos lembras-te das mensagens? "Querida quando é que acordas? Quando é que voltas? Faz as pazes comigo para amarrar as pontas soltas." Solta a corda. Sufoco por me amarrares a sentimentos tóxicos e aventuras noturnas e mal sabes que todas as tuas pausas silenciosas eram torturas. Para remediar eram as chamadas até madrugada, os elogios e os desejos de te querer perdido no meio de almofadas... como eu era iludida e te dava tudo em troca de nada.
Sei que penso demasiado no assunto e que já qualquer coisa que me puxe para ti não é mútuo, mas mergulho e flutuo em memórias. Entristeço-me, nós somos apenas mais uma de muitas histórias.
Acabo por me desiludir comigo mesma, um nojo com uma pitada de tristeza, por te ver agora e notar que te tornaste na pessoa que sempre criticaste.
Selfies e likes, relações de rede social, eu entendo (gostas de fama) mas e por trás dos comentários, é só sorrisos e ela nunca te deixa mal?
segunda-feira, 30 de maio de 2016

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