(Passado. Presente.)
Se não tivermos coragem então que nos empurrem para os braços um do outro. Mudei de ideias, vai-te embora. Não voltes, não me chames, não insistas.
Agora olho-te inocentemente, como se nunca tivesses tocado numa partícula do meu corpo. O castanho escuro dos meus olhos foram invadidos pelo ódio, ganhei vergonha pelo meu corpo a cada memória que tenho tua a tocar-lhe. A situação entristece-me.
Não acho que te foste embora. Sempre foste tão ausente que por instantes penso que ficaste sempre do meu lado, caminhando silenciosamente. Fui eu que me fui embora, marquei a minha saída com um estrondo. Queria que ficasses ciente da minha ida sem retorno.
Deixa de me tornar num desvio da realidade, tenho tudo para te dar abrigo. Neste momento o que tenho para te dar são gritos de silêncio. Não quero estar ligada a ti nem por um passado.
A distância provoca sentimentos tortuosos e eu não me quero voltar a expor. Agradeço toda a distância entre nós, sei que errei ao expor-me.
Acabo por perder pessoas que me podiam possivelmente oferecer o mundo por achar que ainda é em ti que eu me encontro. Acabei por não me encontrar em ti, acabei por perder pessoas.
Hoje foco-me em mim, parei de me querer encontrar em alguém como se pessoas fossem espelhos e eu o seu reflexo. Hoje sinto-me mais leve, deixei de respirar o teu ar tóxico.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

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