Levaste-me o norte - Esquina do Café

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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Levaste-me o norte

Hoje na escola foi um dia complicado, os professores continuam a reclamar que a atenção já não me assiste, (talvez tenham razão)... a verdade é que continuo perdida nos teus braços que já não me vestem e focada na tua voz que já não me arrepia desde a última vez.
Perguntei-me umas poucas vezes por onde andarias e por andar a questionar-me tanto acabei por me baralhar nas ruas que piso diariamente, levaste-me o norte. Quem me dera não te sentir na ponta dos dedos sempre que um toque alheio me apanha desprevenida.
Parece que te vejo no reflexo das janelas do autocarro porém é só o meu casmurro subconsciente a exprimir a saudade, a expor feridas que deixaste, aquelas que ainda abrem quando te capto do outro lado da estrada.
Acabam sempre por referir o teu nome e nota-se a falta de indiferença na forma como falo sobre a parte que deixaste tatuada em mim. Agora comparo o vício que tenho por ti ao da cafeína, a maneira de como acordo para a vida sempre que te bebo.
Levas-me o norte cada vez que te aproximas mais rapidamente do que te afastas.
E, adoro-te de morte, não querendo dizer que morria por ti, mas se te entendesse quase tão bem como não me entendo a mim talvez não me tivesses levado o norte.

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