Absinto-te - Esquina do Café

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segunda-feira, 16 de maio de 2016

Absinto-te

Senti-te entre um copo minúsculo de absinto e um garrafa de plástico com mais alguma coisa enquanto deixava de me sentir aos poucos.
Troquei olhares, durante o primeiro golo da minha vodka com sumo de maracujá, com o corpo mais quente que se encontrava no outro lado da sala e a meio da minha terceira cerveja já dançávamos e trocávamos dados pouco relevantes.
Depois de um gin tónico a meias, partilhámos cigarros e gargalhadas atrapalhadas, o clima aquecia e falámos sempre próximos um do outro até que um de nós cedesse à vontade. Só no fim do teu whisky cola é que senti a mistura de sabores dos tua boca no meio das luzes trémulas da rua abandonada, senti que o mundo parou. Perdi a noção do tempo com todos os copos vazios ao longo da noite.
Lembro-me da tua figura algures perdida em mim e lembro-me de gostar, lembro-me de querer repetir e de não saber o teu nome para te chamar. Lembro-me, vagamente, do sentimento de tristeza no meio de mais um copo a transbordar de cerveja, na sua maioria espuma. Depois disso só me lembro de adormecer sozinha na minha cama com breves tonturas e pedaços de recordações das horas anteriores.
Na manhã seguinte esforcei-me para me recordar o teu nome, a minha cabeça latejava.
Alguém me traga um copo cheio de tinto (ou branco).

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