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quinta-feira, 21 de abril de 2016

Perdi a guerra

Numa cama partilhada contigo, o sol sempre nasceu mais cedo só para nós, era tudo tão claro durante uma noite cerrada, sem a luz das estrelas e da lua. Agora até nas horas em que o sol me queima a pele é tudo tão escuro e eu estou tão fria. À medida que noite se desenvolve, a distância ganha a nossa guerra e fui eu quem tive o azar de ser a escolhida para sair a perder.
Mesmo que já tenhas dito e repetido que acabou e que já tiveste o suficiente de mim eu ainda terei amor e calma para te dar em cada palavra pesada numa discussão onde digo que não sinto a tua falta.
Hoje vejo-te em todos os meus vícios, sei que não devo mas gosto de fazê-lo. Parece que te vejo em cada esquina como se nunca te tivesses afastado, a ilusão da tua imagem na minha cabeça é um tormento que por vezes me acaricia, lembro-me da tua voz e de todos os seus tons e de como me mentiu utilizando todos eles.
Parei de cultivar tristezas, amei e perdi. E tu tiveste o descaramento de pegar no meu anjo interno, de lhe arranjar as asas com o pecado imundo que transportavas nas mãos e de o deixar no meio do inferno. Tu estás bem, melhor que nunca. Mas eu, eu quis em tempos dar-te o meu mundo e tu ficaste com ele, mesmo depois de desapareceres apaixonado noutros braços, aqueles que nunca esqueceste.
Criarei um mundo novo, não farás parte dele.
O sol não brilha apenas para os amantes.

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