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domingo, 27 de dezembro de 2015

Voltas

Dizes que me queres só a mim enquanto as tuas mãos moram nas minhas ancas e os teus lábios no meu pescoço, fico fraca e acredito.
Não me sinto à vontade com despedidas especialmente com as tuas que mais parecem correrias repletas de beijos apressados e desajeitados. Chegámos à meta? Acabou?
Penso que gosto de ti, isso preocupa-me. Penso que gosto de ti o suficiente para voltar a cair e isso preocupa-me ainda mais. Tenho medo, estou às escuras e tu guias-me sem caminho ou destino certo.
E quantos versos já te carreguei na pele sem que te desses conta? Perdi a conta, assim como perdi a conta das vezes em que nos desejámos em silêncio no meio de multidões ou das vezes em que me confundi o teu olhar de "ainda te quero" com um "ainda te amo".
Se te vendo os olhos para ti não há problema, navegas o meu corpo e mergulhas na minha intimidade sem qualquer dilema. Sem pressas nem crenças, puro instinto humano. Marcas, danças, sou tua, sempre fui tua e nunca importou onde ou quando.
Quero mais que voltas na madrugada para ser uma volta tua, contudo o conforto da tua presença provoca o conforto à minha companhia nua. Nem digo que vejo o diabo no teu corpo e um anjo no teu olhar, já só és o inferno na sua totalidade e eu queimo ansiosamente por brincar com o fogo.

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