Quando a noite me alcança, inocentemente, é quando penso que serei embalada pelo conforto da minha cama porém o sono abandona-me. As lembranças de uma vida alcançam-me e fogem tão rápido como as tuas em que me abraças, de um momento para o outro, a almofada em que a minha cabeça se afunda encharca-se e impede-me de adormecer.
É uma rotina, todas as noites nunca acabam comigo a sonhar feliz no meu imaginário. Mantenho-me acordada e solitária porque não tenho ninguém que se deite nos mesmos lençóis só para criar memórias novas. Tão nova e já com insónias... devem ser as lembranças que são como drogas, fazem-me mal mas eu sinto-me bem para mais tarde me sentir arrasada... como tu me fazias.
A cada madrugada que consigo passar pelas brasas, acabo por sonhar contigo. Pesadelos em que te encontras vestido de preto, onde toda a gente te toca mas eu sei que mais ninguém te sente.
São a estas horas que reflito e por incrível que seja até que cheguo a uma conclusão:
O mundo enlouquece, ninguém escapa.
Eu deixo de ser sã para não ter pesadelos contigo.
domingo, 18 de setembro de 2016

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