Dançava ao seu ritmo para penetrar no seu íntimo, ambos eram prazer em movimento e nenhum deles sentia amor. Ele só queria acabar com aquele feitiço, desembaraçar-se daquela hipnose, escapar daquele trance em que ela o deixava com o olhar.
Ambos queriam sair sãos daquele reboliço, apenas um pouco de sexo casual e coexistência benéfica sem qualquer interrupção ou encenação. Contudo, a situação fortalecia-lhes o corpo mas enfraquecia-lhes a alma.
Os sorrisos eram trocados com demasiada frequência, partilhavam os mesmo sonhos, começaram a criar planos sem dar conta que queriam um futuro onde o outro estivesse presente, ambicionavam que os seus corpos envelhecessem juntos e que as suas vidas enfrentassem a imortalidade sempre de mãos dadas.
O medo ditava-lhes as regras e eles morriam de medo de se amar. O que tinham para dar era apenas o que sentiam, achavam-se tão pequenos para suportar tal vontade... ninguém negou sentimentos, ninguém os gritou em voz alta.
Preenchiam-se de tons estranhos, a vida não se conhecia colorida.
Naquela batida constante apenas existia a luta para descobrir quem servia e quem comia.
domingo, 10 de abril de 2016

Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Bem não sei muito bem o que dizer porque sigo o teu blog quase desde do inicio e adoro os teus textos e identifico-me bastante com a minha história de vida, não sei bem como explicar o que sinto e com as tuas palavras o meu dia parece que começa a fazer algum sentido e por favor não pares de escrever porque seria um desperdício perder algum que escreve assim tão brilhantemente neste mundo da literatura que está cada vez mais repetitivo e tu sim dás vida a este mundo!
ResponderEliminar