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terça-feira, 17 de maio de 2016

Vais indo com o tempo

Ficaste perpetuado na minha pele, não que eu queira mas os teus dedos, agora fantasmas, ainda a percorrem como se fosse de madrugada e nós ainda estivéssemos encostados à parede do bar numa despedida prolongada.
Mas pensando bem em tudo, pensando melhor no mundo, estar com alguém não é resposta para nada e, já que estamos a partilhar confissões, estar contigo só gerou questões e deixou grandes incógnitas no meu consciente (como odeio matemática). Contigo já tive demasiado, já vi tudo, quero sair de ti e não só fisicamente.
Por vezes penso se sou eu a razão para que as pessoas saíam da minha vida, acabo sempre por chegar à conclusão que talvez... mas, e se for? será assim tão grave? Quanto mais sou eu própria mais tenho a certeza que, um dia, há-de entrar alguém nos meus poemas e que não serão preciso rimas para estes fazerem sentido. Até lá rimarei sozinha, intercalarei-as por entre os meus dedos como se as palavras me dessem a mão para não me sentir tão sozinha.
Estou a apagar-te aos poucos, primeiro dos meus cadernos, das minhas manias tecnológicas e, por fim, depois de todas as minhas células renovadas, terei um corpo onde nunca tocaste e a minha pele deixará de sentir os teus dedos fantasma às quatro da manhã.

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