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segunda-feira, 9 de maio de 2016

Oh, pelo menos há luar

Liberdade? Nunca a vi por completo.
Liberdade é muito mais que andar na rua, muito mais que vestir os trajes que pudeste comprar de livre vontade.
Primeiramente, liberdade não é um conceito que seja muito literal no nosso quotidiano. Contudo, o caminho para a atingir passa pelo processo do respeito mútuo. Um indivíduo perde a liberdade quando o tratam sem respeito, como se deixasse de ser homem a cada vez que lhe roubam o direito de se expressar.
Já se verificou que se trancarem um ser humano num "habitat" selvagem, durante uma elevada quantia de tempo, ele vai-se adaptar ao estilo de vida proporcionado pelo que o rodeia em prol da sua sobrevivência. Acabará por perder maior parte da sua essência humana porque lhe foram negados todos os seus direitos, deixou de ser livre.
Seguidamente, por outro lado, liberdade não é apenas salvaguardar os nossos direitos. Liberdade é também encontrar um equilíbrio, quase que perfeito, entre os deveres e os direitos do Homem. Assim, como o bem e o mal coexistem, e não há ódio sem amor, também não existem direitos sem primeiro nos sujeitarmos aos nossos deveres, ambos acabam por se completar.
A liberdade atinge-se, pois a sociedade, em alguns países, assim o permite, faz com que o equilíbrio seja adequado às circunstâncias em que nos inserimos.
Em tempos, Portugal foi um país governado por um ditador, Salazar. A população estava sobrecarregada de deveres, porém, a liberdade era cega, surda e muda perante um país que a desejava de volta com toda a esperança. Portugal já viveu um desmesurado desequilíbrio social, os direitos eram de quem os pagava caro.
Atualmente o equilíbrio encontra-se restaurado e todos nos consideramos homens e mulheres livres o quanto possível.
Hoje podemos dizer "Felizmente há luar!" para ver a liberdade que um dia nos foi roubada por um homem sem alma. Infelizmente, esse luar também serve para iluminar todas as casas opressivas debaixo do céu do século XXI.
Oh, pelo menos há luar e é para todos.

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