Sinto um pouco de inveja por todos aqueles que estão a ver o pôr do sol de mãos dadas.
Uma tristeza invade-me por pensar que há mãos esfomeadas cheias de nadas.
Cada mágoa afogada por uma garrafa pesa-me na alma e acabo por tentar afogar esses meus demónios e manter-me calma.
Sinto também a solidão de cada cama vazia e acabo por me sentir cada vez mais sozinha e por sentir a falta que uma companhia me fazia.
Tenho dentro de mim uma felicidade amarga que me aparece desnorteada às altas horas da madrugada por pensar que algures está uma mãe desesperada a fazer o filho sorrir.
E um medo desmesurado por aqueles que estão prestes a partir sem ter a noção disso e por todos os amantes que se amam e nem dão conta disso.
Acabo por sentir tudo o que não se aplica a mim e quando chega à minha hora sinto tudo de uma vez e de uma só vez começa e é logo fim.
Carrego as dores de pensar como é característico do ser humano e matuto nas horas vagas sobre o que é realmente ser humano.
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Como é possível uma rapariga como tu fazer-me sentir uma pessoa diferente porque sinceramente acho que a tua escrita é das melhores que pode existir neste momento e que eu leio todos os dias, e faço mesmo questão de ler só para me tomar numa pessoa diferente e completamente renovada todos os dias até atingir a nova pessoa que me quero tornar. Obrigada por existires e continua porque adoro o tema dos teus textos.
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