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segunda-feira, 4 de abril de 2016

hora errada

Cheguei com o coração nas mãos, totalmente desamparada. Pegaste nele como a flor mais delicada que podias encontrar, remendando o pouco que ias conseguindo à medida que me ias abrigando com toda a força dos teus braços.
Contudo tropeçaste em ti próprio e acabaste por deixar que este indefeso pedaço de mim te escorregasse por entre os dedos. O que é que foste fazer? Nunca mais deste a cara e eu já pouco me lembro dos teus traços. Ainda não saí de casa e já esqueci o teu nome (não é que não pense em ti mas o orgulho impede-me de pensar em tudo o que te envolve). Lembrei-me agora, o vento trouxe-me tudo o que se passou outrora, deixou-me à nora e, sendo honesta, na hora da despedida nunca me quis ir embora.
Escrevo um pouco, todos os dias, sobre te voltar a abranger de novo, porém a saudade nunca acaba por ser superior a qualquer tipo de barreira emocional que construo.
E sei que és igual a mim portanto sei que nunca vais querer recordar-me ao teu lado... pode ser que um dia penses do assunto e talvez nesse dia queiras relembrar todas as manhãs em que acordaste com a minha voz, pode ser que nesse dia eu nem me recorde de nós.


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