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quarta-feira, 20 de abril de 2016

à noite dói mais

O teu sorriso foi o que abriu a porta, vi a imortalidade a transparecer-se num momento.
Os teus olhos, ainda sem me conhecerem, já me esperavam tão inocentes de braços abertos. O teu olhar já corria para mim, sempre a tropeçar de tão desajeitado.
Por dias foi partilhada uma ternura envergonhada, sem orgulho nem humildade. Conheceste-me com o tacto e o paladar, degustaste-me como se fosse refinada e delicada e eu cedi, admito que gostei.
Tu estavas ali, verdadeiro no momento mas uma grande ilusão no futuro. Contudo, tu estavas ali de mão dada com o meu medo de te perder. Perdi. (ou será que ganhei em te perder?)
Acabámos por ser, para ambos, uma queda no escuro, o abismo em forma humana. Conheci o abandono pela tua mão que me dirigiu, não me incomodei e deixei que me levasses de arrasto.
Nenhum de nós sabia o que era realmente sentir tanto ou tão pouco com os dias já contados pelos dedos. Já deixei de negar que não penso no nós que nos separou mas reconheço que só o faço à noite quando me deito, dói mais a tua ausência no silêncio.
No final deste sentido à minha arte e já nada nos une.

1 comentário:

  1. Palavras de uma rapariga que está extremamente magoada com a vida e que não encontra o seu ruma mas tudo dá uma reviravolta quando menos esperas por ela, não deixes de lutar.

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