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sábado, 26 de março de 2016

Repressão de emoções

Afogo todos os meus sentimentos. Afogo-os no sabor amargo da bebida demoníaca que me eleva aos céus, quase tão parecida como o teu corpo (não me posso dispersar). O líquido torna-se parte do meu sangue, a lucidez não é desejada.
Também os enterro no meio de cinzas e beatas, cada cigarro é uma vontade ardida, cada cigarro apagado é um minuto de vida que não deixei que mo roubasses (roubei-mo a mim própria, considerei mais saudável). A nicotina é uma característica dos meus lábios, o vício não foi forte o suficiente para manter ninguém do meu lado.
Deixo que os meus sentimentos se deixem levar com os movimentos provocados por um ambiente proporcional à disposição, quente e agradável. Deixo que eles se percam no olhar de um rosto desconhecido, num toque que não conheço mas que me cativa.
Alimento prazeres para que estes se sobreponham a sentimentos. Prazer humano no seu estado mais puro, carnal e bruto. Aqui não há amor, aqui ninguém é surdo nem mudo, portanto gritarei de prazer até abafar o som que o meu íntimo faz ao chamar o teu nome.
Resumindo vou cobrindo emoções com corpos até estas estarem subterradas num lugar onde nunca as voltarei a encontrar.

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