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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Fraqueza

Voltei a fraquejar. Voltei a querer que dissesses o meu nome para me puxares mais uma vez como todas as outras, pouco me importa se era com o intuito de quereres algo de mim. Sinto que acabei de rebentar numa tempestade, acendi tão rápido como me apaguei. O estrondo que ouviste foi o meu silêncio, a minha maior defesa desmoronou-se.
Recuso-me a estar com alguém que me nega sentimentos, tantas horas agradáveis mas não passavam de bons momentos. Eram só bilhetes de ida com regresso marcado, levavas-me a casa de madrugada e na manhã seguinte não éramos mais que um par de amantes que a lua esqueceu, que tu esqueceste mas que eu ainda me lembro pormenorizadamente. Contudo voltava sempre a fraquejar, o teu toque comove-me, daí voltar sempre a correr para esse conforto que transmites nas tuas falsas verdades.
Lembro-me da nossa última noite como se tivesse sido o ápice da nossa coexistência. Lembro-me dos sorrisos entre a troca de olhares, dos toques disfarçados, do teu cheiro (já me estou a dispersar, continuando)... Lembro-me das luzes, dos copos vazios, do meu cigarro, do teu corpo, de nós e da vaga vontade de querer ter ouvido mais a tua voz.
Agora tomo a decisão de ter o copo cheio para esvaziar um pouco a cabeça das memórias em que apareces, não por te querer mal mas para recuperar a grande parte que perdi da rapariga feliz que não te conhecia.
Mas volto a fraquejar esta noite se me chamares.

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