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domingo, 17 de janeiro de 2016

Arrasto "sagrado"

Não me ajoelho para rezar a uma figura que não reconhece a minha dor, não me sento numa igreja que não respeita os meus princípios. Não me baseio em fés alheias nem deixo que um livro comande a minha rotina. Mais rápido confesso todos os meus pecados ao Diabo do que peço perdão a Deus.
A nomeada figura divina não me impede que tropece em problemas que nem são propriamente meus nem protege os meus aliados, não entendo se é hipocrisia ou se me ignora por vontade própria.
Não dá a cara pelos filhos mas estes fazem dele uma figura paternal porque não conseguem depositar fé no próprio espírito, invocam a santíssima trindade pois não conseguem convocar a própria motivação que lhes habita na alma, a vida que lhes percorre nas veias.
Criam uma instituição para afirmar que o errado nos leva ao fracasso na vida, que amar qualquer outro humano que não seja o género oposto é crime e que nos levará a uma purga. Baseiam toda a religião no amor e acabam sempre por condenar qualquer ato que simbolize o sentimento.
É no mínimo ridículo que instituições religiosas nos obriguem a uma vida de tabus e repressões de sentimentos e atitudes. "Ajuda o próximo" mas se o próximo não estiver de acordo com os ideais deles eles massacram-nos com julgamentos e críticas que são tudo menos construtivas.
Estarei disposta a sentar-me num banco, ouvir todas os cantos que vão contra os meus ideais para não arder no suposto inferno? Que garantias de uma felicidade interna é que me dão se posso ser feliz agora? Não me submeto a nenhuma fé senão encontro um refúgio em mim e nas minhas ações.
Portanto não me arrastem para uma cultura com a qual o meu pobre e humilde ser não se identifica.

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