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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Uniões

O idioma de um país une uma comunidade com o maior defeito (e qualidade): nunca se calam, a cultura une um grupo de pessoas que se interessem por ela.
Mas o que é que une duas pessoas? Um filho une-se à mãe cujo os seios lhe são apresentados à nascença, o primeiro contacto, e o primeiro choro provoca o mais verdadeiro alívio, provoca o sentimento mais completo à mulher que o amou antes de o conhecer com os olhos, claro que isto na maioria dos casos esquecendo os abandonos depraváveis.
Contudo dois desconhecidos unem-se com o olhar, cruzam-se no metro e amam-se sem proferir uma única palavra, seguidamente continuam o seu percurso com um desgosto interior, uma sensação de vazio, não foi necessário dizer nada... amaram-se, uniram-se e partiram.
Duas pessoas unem-se com um toque, o corpo é percorrido por um leve choque eléctrico que os aproxima, que aumenta o batimento cardíaco como se tivessem corrido uma maratona. Um toque, uma infinidade de pecados.
Eu mesma já me cheguei a unir com desconhecidos, o nosso idioma pouco interessava. Não os amei mas os meus olhos amaram os seus corpos e eles amaram o meu, estes moviam-se como um só. Fomos unidos pela natureza, pela necessidade humana de "ver com a ponta dos dedos".
Amámo-nos, unimo-nos e partimos.
A história repete-se, nunca muda, mesmo que a união seja mais duradoura uma das pessoas acaba sempre por partir, nem que seja duma vida a que são obrigados a suportar.
Amamo-nos (inocentemente), unimo-nos (loucamente) e partimos (incompletos), torna-se enigmático mas não o suficiente para querer saber e matutar no assunto.

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