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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Despe-a

Nunca entendi a típica, se se pode dizer, tradição do homem oferecer roupa à mulher, não me atrevo a dizer amada, com quem, pelo momento, partilha a cama para que no instante em que esta a veste ele ter a vontade (provocada pela imaginação turbulenta e hormonal masculina) de a ver espalhada por qualquer divisão, de qualquer maneira, amarrotada em qualquer lugar.
Se o homem a quer despir então que lhe tire, cuidadosamente, a vergonha que ela sente do seu corpo cada vez que se mira no espelho antes de sair de casa, que a dispa da teimosia que ela tem de querer ser o "tamanho perfeito" imposto por uma sociedade que nada tem de perfeito. Já que o homem a quer despir que a dispa disso tudo visto que ela é a rapariga mais esbelta que ele teve nos braços e que é o reflexo mais puro que passou diante dos seus olhos.
Qualquer mulher quer ser despida, não que lhe tirem a roupa, talvez queiram isso também, mas quer essencialmente que a dispam de tudo o que lhe pesa, de todo o assombro que ela arrasta e que lhe provocam só por a querem num pedestal nua, entredita a qualquer um.
E estar nua é estar livre, estar sem roupa não o é propriamente. Uma pessoa nua de preconceitos, dilemas, fantasmas é, SIM ESTAR LIVRE. Dispam-na para que ela se sinta livre...
Na minha opinião todos os homens deviam ter a tradição de oferecer a todas as mulheres um espelho e um cartão ("para te veres como eu te vejo"). Porquê? Porque o sorriso de cada mulher iria despir cada homem mais rapidamente que todas as vezes em lhe apresentam o corpo nu, sem a roupa que lhe ofereceram.

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